Não tem como falar em comida sem falar em comida italiana. A autêntica culinária italiana é feita de momentos simples, eu a considero simplesmente fascinante e muito saborosa.... Por isso, a partir de hoje vou postar uma série totalmente dedicada a cultura italiana, seus temperos básicos, o ritual à mesa e a técnica de preparo das receitas essenciais que entram na composição de muitos pratos que irei postar.
Vá bene, esta cozinha da simplicidade, da beleza, do aroma e do sabor tem origem na grande variedade e qualidade de ingredientes locais usados de modo criativo.
Os italianos surpreendem com receitas que vão muito além da macarronada e da pizza. Este povo tem uma profunda ligação com sua pátria, com seus costumes e, sobretudo com a comida típica de seu local de origem.
O ritual das refeições
Receitas servidas em etapas revelam o prazer de estar à mesa. A pressa não combina com almoçar ou jantar na Itália. No dia a dia, um almoço ou jantar une no mínimo três etapas: “antipasto” (antepasto), “primo piatto” (primeiro prato) e secondo piatto (segundo prato) com uma guarnição (normalmente, legumes ou verduras), de preferência saboreados na companhia de um bom vinho local. Para arrematar, pede-se fruta ou doce (ou ambos), além do café (é claro!!). Em situações formais ou de celebrações, a esta deliciosa digamos, teia alimentar, podemos incluir também a degustação de queijos e frios, num total de sete etapas!!! E, daí? Já está com água na boca?
Vamos conhecer o Antipasto: assim como no Brasil o antepasto é feito de pequenas porções mornas, frias ou a temperatura ambiente que funciona como um “tira-gosto” que deve ser consumido com moderação, digamos que seja para abrir o apetite. Pode-se servir folhas verdes, cogumelos recheados, legumes grelhados, azeitonas carnudas, embutidos fatiados, frutos do mar, pães e saladas são os “antipasti” preferidos.
A seguir, o “primo piatto” que são massas ou risotos, não mais de 100 g por pessoa. Nesta etapa também pode-se servir polentas, panquecas, sopas (minestras) ou caldos. É uma etapa dedicada aos deliciosos carboidratos. Haja controle para comer apenas 100g, mas vale a experiência pois senão você não vai conseguir passar por todas as etapas, ok?
Depois do tempo necessário para apreciar e degustar o primeiro prato, reverenciar sua passagem com um pouco de vinho e reagrupar as papilas gustativas, o segundo prato será trazido à mesa.
O “secondo piatto” é dedicado as proteínas: carnes, ovos, peixes acompanhados de guarnições como legumes cozidos, cogumelos variados e saladas. Você pode substituir o “secondo piatto” por uma porção de queijos. O queijo também pode ser servido com a fruta. Agora para encerrar este saboroso ritual você pode optar por comer um “dolce” (doce), café e uma bebida digestiva como licor.
Numa refeição italiana não existe o prato principal. Com raras exceções- ossobuco e risotto, por exemplo, que são servidos como um único prato, à moda milanesa-, um único prato dominante é algo que contraria o comer à italiana, que como você viu, consiste em avançar ao longo de uma interessante e equilibrada sucessão de pequenos pratos dentre os quais, os principais, nunca são servidos lado a lado.
Uma refeição italiana é uma seqüência viva de sensações, alternando o crocante com macio e maleável, o picante com o suave, o essencial com o supérfluo, o elaborado com o simples.
Dedicar a uma refeição o tempo que lhe dedicam os italianos equivale a compartilhar sua inesgotável capacidade de transformar a vida em arte.
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